22.7.11

Enigma!

Ele foi como uma Esfinge, no início me disse "decifra-me ou devoro-te"
Mas quando se deu conta de que eu era capaz de decifra-lo, virou o jogo e disse
"decifra-me e eu devoro-te", e sem medo eu entrei no seu jogo e decifrei.. Decifrei cada detalhe, cada centímetro daquela alma, cada sorriso, cada olhar, cada palavra. Eu pude ver cada sentimento que há ali dentro. Eu pude vê-lo inteiro, como se estivesse nu, diante dos meus olhos... Eu vi, por de trás da muralha. Só eu vi... Eu vi em semanas o que muito não viram em anos.
E o que ele fez? Recuou (como fez a vida toda). Eu vi também que ele não tem o hábito de encarar nada de frente sem sua máscara, sem sua armadura...
E o que eu faço agora??? Coloco uma enorme pedra encima dele e esperando que ele tenha força suficiente para tira-la de lá e ressurgir enigmaticamente lindo como da primeira vez.
Mesmo que demore muitos anos.
Eu não tenho pressa, só não tenho forças para ir atrás de você.
(Juh Meireles)

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