29.1.13

.de despedida

É chegado o momento...
Hora fluir, de ir, e rir...
Sem delongas, sem abraços, sem AFETO...
Talvez sem saudades, ou com saudades, não sei...
Sei apenas que assinei o ponto...
E ganhei pontos...
Me mostrei...
Deixei minha marca, 
meu sorriso, 
meu cabelo cacheado e bagunçado,
minha tatuagem,
minha moda,
Tentei deixar a minha cara,
e me perdi de mim mesma.

Ganhei amigos,
"inimigos",
amores.
Mas perdi;
o ânimo,
as forças,
e por muitas vezes a fé...

Eu fui feliz e deixei de ser...
Eu era pequena e me tornei grande...

Farei falta e também sentirei...
É a vida que segue,
é rota nova seguir...

É hora de brilhar de novo pequena estrela...
É hora de brilhar!


.Júlia Meireles

27.1.13

Ódios de mim...

Eu me odeio por lembrar de todas as burradas cometidas, vida a fora. Por todas as vezes eu que eu entreguei meu pobre coração de bandeja. Eu me odeio por cada amor que eu tive, por todo o tempo perdido para cada um deles. Me odeio por acreditar em palavras, em promessas.
Mas eu sou assim, inteira, ou talvez nem seja mais...
Porque eu não sei viver pelas metades, não sei amar de mentira, não sei sorrir sem vontade e ainda não aprendi engolir sapos. 
Eu posso até morrer de remoço, mas jamais morrerei sufocada por um "eu te amo" bem rasgado.
Mas não deixo de me odiar todos os fracassos, em todos os campos da minha vida. Perdoem pelo lixo eu me tornei, pelas merdas que eu fiz, pelo amor que eu não conquistei.
Mas me deixem aqui, escrevendo meus versos que ninguém ler...

Deu tudo errado
E vocês nem sabem, mas eu me odeio por isso também!


.Júlia Meireles

18.1.13

Infinito!

Engraçado perceber o quanto a gente amadureceu, outro dia me dei conta que não uso mais as gírias, que não ouço as mesmas músicas, não tenho mais tanto tempo, não tenho mais tanto animo.
Engraçado esse ciclo infinito, que as vezes gira tão rápido que a gente mal ver que passou.
E como passou! Mês e anos parecem pegar carona em cometas, e quando nos damos conta já é dezembro (de novo!).
O infinito é agora, é essa intensidade da vida; o piscar de olhos, o sorriso, o abraço, o beijo e a lágrima.
O infinito são as curvas que a vida segue, as estradas que se trilha.
Infinita sou eu (apesar da pouca estatura), me sinto infinita.
Por que as emoções que eu carrego nesse buraco negro do meu peito, caberiam sufocadas em dez andares de um edifício. 
Mas aqui, aqui dentro nesse meu infinito particular, elas não me sufocam, nem eu as mato.
E é a vida que segue, é a gente que crescer, sem nem perceber...



.Júlia Meireles

15.1.13

Desatino!

Eu sempre dei a cara a bater, sempre encarei a vida de peito aberto, cara a cara, olho no olho. Eu nem preciso dizer que "a vida não é fácil", e também não desejo ouvir esta frase clichê, eu aprendi isto logo cedo e a duras penas. Mas eu tentei manter a doçura, a sensibilidade, o brilho nos olhos. Porque ninguém quer saber quem é você, de onde você vem e quais são suas cicatrizes. Mas eu não me importo com a massa, eu gosto de ouvir histórias de vidas, gosto de ouvir a senhorinha contar a primeira vez que viu seu esposo, é bonito sabe? Gosto de vê-los puxando os arquivos da memória e se emocionar e me emocionar com isso. 
A vida é isto! 
Minha vida é uma soma de exemplos que eu agreguei, é quando eu me espelho em alguém para seguir em frente. 
Diante de tantas histórias que ouço nas ruas, nos ônibus, no trabalho ou até na TV; tomei uma decisão PRECISA-SE SER FELIZ e precisa ser agora!
Eu ando exausta em todos os sentidos, de todas as maneiras, com toda minha força!
É hora de ser feliz, é chegada a hora de libertar, e soltar os cabelos, sentir o vento no rosto e suspirar de alivio. Tem hora que a gente precisa ser meio louca, meio inconsequente, desatinar, sabe?
É hora de prezar pela felicidade, nem que para isso seja preciso abrir mão de tantas coisas, do mesmo modo que se abre mão da felicidade facilmente.
Eu preciso sentir aquelas borboletas na estômago, o coração acelerado e mãos gelarem, eu preciso me apaixonar de novo e perdidamente pela vida.


.Júlia Meireles


"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário."
.Caio Fernando Abreu

5.1.13

Ideias alaranjadas!

Eu não sabia o que estava mais bagunçado, se era meu meu quarto, minhas gavetas, meu cabelo ou minha vida.
Então comecei tirando o pó que se acumulou nos móveis, tirei tudo do lugar, os livros que não uso, porta-retratos em que não me reconheço.Toda uma tranqueira que não me identifico mais e que talvez não sirva pra nada. Tem coisa demais e Júlia de menos.
Eu limpei as gavetas como se limpasse minha alma.
Mudei as coisas de lugar, tentei ganhar espaço dentro e fora de mim. Joguei no lixo tudo que achei necessário, mas ainda sobrou tantas que podiam ter sido jogadas.
Arrumei tudo, coloquei em caixas, organizei meus penduricalhos, limpei meu espelho!
Troquei a cortina colorida, por uma salmon, que deixa o quarto meio alaranjando eu fico feliz quando o sol bate e meu quarto ganha cor.
Quando terminei, o quarto e as gavetas, ainda faltava o cabelo e a vida...
Tomei banho, lavei os fios de cor indefinida, eu espalhava o shampoo e esfregava como se pudesse limpar memórias, mas não podia. Nem sempre dá para limpar as merdas que fazemos ou falamos vida a fora, (principalmente essas faladas).

Sentei no quarto meio laranja, clareei minhas ideias, absorvi aquele energia alaranjada e tracei seis metas para o ano (que ainda é novo) e talvez sejam até para a vida! :)

(Júlia Meireles)