14.4.13

.seu coração!

Eu gostava de me recostar no seu peito e sentir seu coração bater, quase sempre acelerado.
Era minha prova de que você estava vivo, era minha prova viva de aqui ali não havia um cubo de gelo.
Era você, você por inteiro, com todo seu desinteresse,com todos os seus medos, desejos e vontades. 

Eu conseguir sentir você, pelo pulsar do coração e pelo brilho dos seus olhos.
Eu fui perto demais da sua alma, cheguei perto demais da sua intimidade. Ali recostada no seu peito, éramos eu, você, nossos medos, nossas fraquezas, mas éramos nós, com toda a nossa verdade, éramos nós!
E hoje nesse dia tão especial, onde estamos?
Quem somos?
Ou melhor, quem é você? Quem sou eu?
Quem são essas pessoas que nos tornamos?
Onde está?
Por que nos perdemos?
Ei, voltei aqui, ainda não terminei de gostar de você!

.Júlia Meireles

*Inspirado na frase de Gabito Nunes!

1.4.13

.detalhes!

"Eu ainda sinto falta dos seus sms no meio da noite.
Das suas ligações no meio da tarde.
Das horas que a gente perdia rindo de bobagens, mas que não eram perdidas, essas horas nós ganhamos de presente do Céu! Mas eu ainda sinto falta da sua gargalhada, daquele seu sorriso bobo no canto da boca e do timbre tão forte da sua voz ao telefone dizendo pra eu me cuidar.
Eu estou me cuidando sabe?
Eu estou na luta, firme e forte, daquele jeito que você me ensinou!
Mas ainda falta você, como seus braços, que parecia que foram feitos sob medida pra mim, para a minha proteção, meu escudo!
Já não me dói mais, é só sua ausência que causa um desconforto no fundo da minha alma!"


.Júlia Meireles

13.3.13

.seus olhos!

Você faz questão de criar uma imagem, você encenou, criou um personagem para me conquistar. 
Mas depois, quando a máscara caiu, eu digo com toda certeza, eu não estava encantada pelo seu teatro e apaixonada por você.
Sem saber ao certo quem você era, mas você tinha um brilho tão intenso nesses seus olhos negros, que eu podia ver nitidamente minha imagem dentro deles.
Foi por aquele brilho, que vi entre as ferragens de sua armadura que eu me apaixonei. 
Você era duro, frio, calculista, mas seus olhos entregavam que você não assim. E eu apostava naquele brilho! Eu colocaria a mão no fogo por ele.
Porque ainda hoje, eu pagaria pra ver se eu não estive certa.
Porem, você desconversou, mudou de rumo e sumiu!

Eu vi você auto-construir e se auto-destruir diante dos meus olhos, que se encheram de 
 lágrimas ao fim...

.Júlia Meireles

12.3.13

.sem lágrimas

E apesar de tudo eu sorrio ao me lembrar de você. É burrice sim, eu sei. Mas temos tantas histórias engraçadas, tanta bobagem que você me dizia, só pra me fazer sorrir. 
É coisa demais arquivada na memória.
Por isso eu escolhi sorrir. 
Imagine se eu deixar uma lágrima cair, toda vez que me lembrar de você. Eu estaria desperdiçando minha vida. E eu não quero me desperdiçar! Eu não quero chorar à toa! 
Porque eu amava seus erros, seus defeitos, seus poucos acertos, eu amava você!
Eu amava quando você me fazia sorrir, quando tocava seu violão, quando me deixava sem graça e principalmente quando me fazia flutuar.

Eu escolhi arquivar tudo que vivemos, sem chorar.
Eu só me engasgo naquela parte da história que você vai embora, sem por que.


.Júlia Meireles

8.3.13

.tua sombra...

Eu tinha tantas dúvidas e ao seu lado tantas certezas que me perdia de mim.
Parecia sonho e pesadelo, que você me fazia dormir tranquila e acordar assustada.
E agora sei que haverá sempre uma sombra sua por perto, e por mais que eu evite, parece haver um elo, que por menor que seja ainda nos liga, nos uni e me enlouquece.
É cada vez mais confuso.
Você sumiu da minha vida e agora deixa pegadas, pistas, rastros, vestígios.
As vezes (por muitas vezes) eu me pergunto se você foi real, eu sei iria rir de mim se me visse falar desse jeito.
E por mais que eu fuja de você, sempre vem alguém te traz à tona, num assunto, numa frase, no jeito de me fitar.
Não havia nada entre nós, éramos uma dupla e não um casal, a gente só estava jogando, um jogo sem regras, ou com as suas regras e com os meu medos.
Tem dias que eu penso que não havia, " a gente".
Hoje eu vivo sendo assombrada por você o tempo quase todo, e eu estou farta!
Dentro de mim, há um grito entalado, que um dia eu vou poder soltar na sua cara e se eu não gritar quando te ver, você verá meu grito escorrendo pelos olhos.
Por te amado e te odiado demais!


.Júlia Meireles

21.2.13

.de saudade...


"Não haverá nada, nada capaz de tira-lo de mim, pois há meu coração, seu nome gravado em letras garrafais; e na memória a imagem nítida do seu rosto, que eu jamais deixarei apagar. Na minha personalidade há muito mais de você do que de mim, aqueles traços fortes que eu as vezes até desconheço, são seus, assim como aquela força de vontade. E há em mim também seu gosto raro pela vida, pois foi em seus braços que descobri que sempre dá pra tirar um coelho da cartola, que sempre dá para sorrir.
Foi em meio as suas ferramentas e seus sorrisos que eu entendi, naquele seu jeito manso e gestos fortes, que tudo com você era mágico.
A vida ao seu lado era de fato encantadora!

Hoje me resta a saudade, as lágrimas e uma lacuna gigantesca. 
Parece que foi ontem, quem me dera! Mas se faz 12 anos, 12 longos anos."

Pai! ♥

.Júlia Meireles

29.1.13

.de despedida

É chegado o momento...
Hora fluir, de ir, e rir...
Sem delongas, sem abraços, sem AFETO...
Talvez sem saudades, ou com saudades, não sei...
Sei apenas que assinei o ponto...
E ganhei pontos...
Me mostrei...
Deixei minha marca, 
meu sorriso, 
meu cabelo cacheado e bagunçado,
minha tatuagem,
minha moda,
Tentei deixar a minha cara,
e me perdi de mim mesma.

Ganhei amigos,
"inimigos",
amores.
Mas perdi;
o ânimo,
as forças,
e por muitas vezes a fé...

Eu fui feliz e deixei de ser...
Eu era pequena e me tornei grande...

Farei falta e também sentirei...
É a vida que segue,
é rota nova seguir...

É hora de brilhar de novo pequena estrela...
É hora de brilhar!


.Júlia Meireles

27.1.13

Ódios de mim...

Eu me odeio por lembrar de todas as burradas cometidas, vida a fora. Por todas as vezes eu que eu entreguei meu pobre coração de bandeja. Eu me odeio por cada amor que eu tive, por todo o tempo perdido para cada um deles. Me odeio por acreditar em palavras, em promessas.
Mas eu sou assim, inteira, ou talvez nem seja mais...
Porque eu não sei viver pelas metades, não sei amar de mentira, não sei sorrir sem vontade e ainda não aprendi engolir sapos. 
Eu posso até morrer de remoço, mas jamais morrerei sufocada por um "eu te amo" bem rasgado.
Mas não deixo de me odiar todos os fracassos, em todos os campos da minha vida. Perdoem pelo lixo eu me tornei, pelas merdas que eu fiz, pelo amor que eu não conquistei.
Mas me deixem aqui, escrevendo meus versos que ninguém ler...

Deu tudo errado
E vocês nem sabem, mas eu me odeio por isso também!


.Júlia Meireles

18.1.13

Infinito!

Engraçado perceber o quanto a gente amadureceu, outro dia me dei conta que não uso mais as gírias, que não ouço as mesmas músicas, não tenho mais tanto tempo, não tenho mais tanto animo.
Engraçado esse ciclo infinito, que as vezes gira tão rápido que a gente mal ver que passou.
E como passou! Mês e anos parecem pegar carona em cometas, e quando nos damos conta já é dezembro (de novo!).
O infinito é agora, é essa intensidade da vida; o piscar de olhos, o sorriso, o abraço, o beijo e a lágrima.
O infinito são as curvas que a vida segue, as estradas que se trilha.
Infinita sou eu (apesar da pouca estatura), me sinto infinita.
Por que as emoções que eu carrego nesse buraco negro do meu peito, caberiam sufocadas em dez andares de um edifício. 
Mas aqui, aqui dentro nesse meu infinito particular, elas não me sufocam, nem eu as mato.
E é a vida que segue, é a gente que crescer, sem nem perceber...



.Júlia Meireles

15.1.13

Desatino!

Eu sempre dei a cara a bater, sempre encarei a vida de peito aberto, cara a cara, olho no olho. Eu nem preciso dizer que "a vida não é fácil", e também não desejo ouvir esta frase clichê, eu aprendi isto logo cedo e a duras penas. Mas eu tentei manter a doçura, a sensibilidade, o brilho nos olhos. Porque ninguém quer saber quem é você, de onde você vem e quais são suas cicatrizes. Mas eu não me importo com a massa, eu gosto de ouvir histórias de vidas, gosto de ouvir a senhorinha contar a primeira vez que viu seu esposo, é bonito sabe? Gosto de vê-los puxando os arquivos da memória e se emocionar e me emocionar com isso. 
A vida é isto! 
Minha vida é uma soma de exemplos que eu agreguei, é quando eu me espelho em alguém para seguir em frente. 
Diante de tantas histórias que ouço nas ruas, nos ônibus, no trabalho ou até na TV; tomei uma decisão PRECISA-SE SER FELIZ e precisa ser agora!
Eu ando exausta em todos os sentidos, de todas as maneiras, com toda minha força!
É hora de ser feliz, é chegada a hora de libertar, e soltar os cabelos, sentir o vento no rosto e suspirar de alivio. Tem hora que a gente precisa ser meio louca, meio inconsequente, desatinar, sabe?
É hora de prezar pela felicidade, nem que para isso seja preciso abrir mão de tantas coisas, do mesmo modo que se abre mão da felicidade facilmente.
Eu preciso sentir aquelas borboletas na estômago, o coração acelerado e mãos gelarem, eu preciso me apaixonar de novo e perdidamente pela vida.


.Júlia Meireles


"Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário."
.Caio Fernando Abreu

5.1.13

Ideias alaranjadas!

Eu não sabia o que estava mais bagunçado, se era meu meu quarto, minhas gavetas, meu cabelo ou minha vida.
Então comecei tirando o pó que se acumulou nos móveis, tirei tudo do lugar, os livros que não uso, porta-retratos em que não me reconheço.Toda uma tranqueira que não me identifico mais e que talvez não sirva pra nada. Tem coisa demais e Júlia de menos.
Eu limpei as gavetas como se limpasse minha alma.
Mudei as coisas de lugar, tentei ganhar espaço dentro e fora de mim. Joguei no lixo tudo que achei necessário, mas ainda sobrou tantas que podiam ter sido jogadas.
Arrumei tudo, coloquei em caixas, organizei meus penduricalhos, limpei meu espelho!
Troquei a cortina colorida, por uma salmon, que deixa o quarto meio alaranjando eu fico feliz quando o sol bate e meu quarto ganha cor.
Quando terminei, o quarto e as gavetas, ainda faltava o cabelo e a vida...
Tomei banho, lavei os fios de cor indefinida, eu espalhava o shampoo e esfregava como se pudesse limpar memórias, mas não podia. Nem sempre dá para limpar as merdas que fazemos ou falamos vida a fora, (principalmente essas faladas).

Sentei no quarto meio laranja, clareei minhas ideias, absorvi aquele energia alaranjada e tracei seis metas para o ano (que ainda é novo) e talvez sejam até para a vida! :)

(Júlia Meireles)